Riscos ocupacionais psicossociais e sua repercussão na saúde de docentes universitários / Riesgos laborales psicosociales y su impacto en la salud de profesores universitarios / Psychosocial occupational risks and their impact on the health of professors

Riscos ocupacionais psicossociais (ROP) são constituídos por um conjunto de fatores que alteram o bem-estar emocional dos trabalhadores. Objetivou-se identificar a existência de ROP no ambiente laboral de professores universitários e suas repercussões na saúde destes trabalhadores. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, com dados coletados, em 2006, em uma universidade pública paulista. Constituíram-se sujeitos 54 docentes que responderam a um questionário com dados sociodemográficos, questões sobre as condições de trabalho, os ROP e suas repercussões em sua saúde. Os resultados evidenciaram que 51(94,4%) docentes admitiram a presença de ROP no trabalho, predominando a carga mental em 19(35%) sujeitos; 47(87%) admitiram que tais riscos afetavam a sua saúde, destacando-se o estresse apontado por 21(38,9%) sujeitos e a ansiedade por 9(16,7%) deles. Concluiu-se que os ROP estavam presentes no contexto acadêmico avaliado e foram percebidos como influenciadores na saúde destes docentes.

Psychosocial occupational risks (POR) are integrated by a set of factors that affect the emotional well-being of workers. We aimed at identifying POR on the work environment of professors of a public university and its impact on the health of those workers. This is a cross-sectional, descriptive, and quantitative study conducted in 2006 at a public university in the state of São Paulo, Brazil. Fifty-four subjects were constituted out of the professors, who answered a questionnaire including demographic data, working conditions, POR, and POR impact on their health. Results showed that 51(94.4%) professors identified POR at work, with mental load in 19(35%) subjects; 47(87%) professors reported that such risks affect their health, with stress mentioned by 21(38.9%) professors and anxiety by 9(16.7%). Conclusions show the presence of POR in the academic context assessed and the perception of their impact on the health of those professors.

Riesgos laborales psicosociales (RLP) son constituidos por un conjunto de factores que afectan el bienestar emocional de los trabajadores. Tuvo como objetivo identificar la existencia de RLP en el ambiente de trabajo de profesores universitarios y su impacto en la salud de estos trabajadores. Este es un estudio transversal, descriptivo y cuantitativo, con datos recogidos, en 2006, en una universidad pública paulista - Brasil. Consistieron sujetos 54 profesores que respondieron a un cuestionario con datos sociodemográficos, preguntas sobre las condiciones de trabajo, los RLP y su impacto en su salud. Los resultados mostraron que el 51(94,4%) docentes han admitido la presencia de RLP en el trabajo, predominando la carga mental en 19(35%) de ellos, 47(87%) maestros admitieron que esos riesgos afectan a su salud, destacándose el estrés – 21 (38,9%) – y la ansiedad – 9(16,7%) – apuntados por los sujetos. Se concluyó que los RLP estuvieron presentes en el contexto académico evaluado y fueron percibidos como influyen en la salud de estos profesores.

Assédio moral entre docentes de instituição pública de ensino superior do Brasil / Moral harassment among professors in a public university in Brazil / Asedio moral entre docentes de una institución pública de enseñanza universitaria en Brasil

OBJETIVO: Identificar a existência de assédio moral (AM) entre os docentes de uma instituição pública de ensino superior do Brasil MÉTODOS: Estudo quantitativo e descritivo de corte transversal abrangendo amostra de 54 professores (62,8 por cento) que responderam a um instrumento contendo questões sobre AM no trabalho. RESULTADOS: A maioria era mulher (92,6 por cento), entre 40 a 59 anos (72,2 por cento), com tempo de trabalho institucional inferior a 15 anos (61,1); 40,7 por cento admitiram já ter sido vítimas de AM no trabalho; 59,3 por cento conheciam colegas que haviam sofrido AM e 70,4 por cento afirmaram que é um problema comum na instituição. Descrições dos casos envolveram chefes/superiores, colegas e professores/docentes/orientadores. CONCLUSÃO: Universidades são locais onde acontecem competições por cargos, recursos para pesquisas e publicações, o que facilita a ocorrência desse fenômeno. As individualidades devem ser superadas por valores, como equidade e solidariedade para que não aconteçam esses tipos de situações.

OBJECTIVE: To identify the existence of moral harassment (SA) among professors in a public university in Brazil. METHODS: This was a quantitative, descriptive and sectional research; the sample consisted of 54 professors (62.8 percent) who answered questions about moral harassment at work. RESULTS: Most were women (92.6 percent), between 40 and 59 years (72.2 percent), working at the institution less than 15 years (61.1), 40.7 percent admitted being victims of SA at work, 59.3 percent knew the fellow who had suffered SA and 70.4 percent stated that it is a common problem in the institution. The cases described participation of: chiefs, superiors, peers, teachers and advisers. CONCLUSION: Universities are places where there is competition for positions and for research/publication resources, which facilitates the occurrence of this phenomenon. The individualities must be overcome with ethical values such as equity and solidarity to avoid the happening of moral harassment.

OBJETIVO: Identificar la existencia de asedio moral (AM) entre los docentes de una institución pública de enseñanza universitaria en Brasil MÉTODOS: Se trata de un estudio cuantitativo y descriptivo de corte transversal abarcando una muestra de 54 profesores (62,8 por ciento) que respondieron a un instrumento que contenía preguntas sobre asedio moral en el trabajo. RESULTADOS: La mayoría era mujer (92,6 por ciento), entre 40 a 59 años (72,2 por ciento), con tiempo de trabajo institucional inferior a 15 años (61,1); 40,7 por ciento admitieron haber sido víctimas de AM en el trabajo; 59,3 por ciento conocían a los compañeros que habían sufrido AM y, 70,4 por ciento afirmaron que es un problema común en la institución. Las descripciones de los casos envolvieron a jefes, superiores, compañeros, profesores, docentes y orientadores. CONCLUSIÓN: Las universidades son locales donde se compite por cargos, por recursos para investigaciones y para publicaciones, lo que facilita la ocurrencia de este fenómeno. Las individualidades deben ser superadas por valores, como equidad y solidaridad para que no sucedan este tipo de situaciones.

Acidentes de trabalho identificados em prontuários hospitalares / Work accidents identified in hospital records

Agravos à saúde dos trabalhadores podem ser propiciados pela forma como se encontra a organização do trabalho, pela reestruturação produtiva e globalização, que têm gerado a precarização do trabalho caracterizado pela desregulamentação e perda dos direitos trabalhistas e sociais e a legalização do trabalho temporário. Entre tais agravos encontram-se os Acidentes de Trabalho (AT). Este estudo teve como principal objetivo verificar em prontuários de pacientes acidentados no trabalho, os registros efetuados por profissionais da área da saúde a tentativa de se obter: o número de AT ocorrido e suas características. Ocorreu em um Hospital Escola de Ribeirão Preto, (SP); solicitando ao Centro de Processamento de Dados do Hospital os números de registros de pacientes acidentados atendidos no período de dois anos. Entre os 6.122 pacientes atendidos foram identificados através das anotações nos prontuários hospitalares, 618 acidentados do trabalho. Destes, 85,11% eram homens, 22,17% tinham idades entre 31 e 40 anos; 24,27% eram trabalhadores da construção civil e 19,42% rurais. Quanto às características: 25,24% atingiram dos membros superiores e 31,55% ocorreram por quedas. Há necessidade de mudança das Políticas de prevenção e também a capacitação dos profissionais desaúde no atendimento ao trabalhador, para que os registros sejam realizados, com clareza.

Occupational health problems can result from the way work is organized, from production restructuring and globalization, which have led to increasingly precarious work, characterized by deregulation, loss of labor and social rights and legalization of temporary work. These problems include Occupational Accidents (OA). The main goal of this study was to verify, in the files of patients victims of accidents at work, notes included by health professionals, in the attempt to discover the number of OA that occurred and their characteristics. The research was carried out at a teaching hospital in Ribeirão Preto-SP. We asked the Hospital Data Processing Center for the records of accident victim attended during a two-year period. Among the 6,122 patients who received care, notes in hospital records revealed 618 victims of occupational accidents. In this group, 85.11% were men, 22.17% were between 31 and 40 years old; 24.27% worked in civil construction and 19.42% were agricultural workers. As to the characteristics of these AO, 25.24% affected the upper limbs and 31.55% were due to falls. Prevention policies need to change and health professionals need occupational health care training, so that they clearly register information in the records.

Agravios a la salud de los trabajadores pueden ser propiciados por la forma como es organizado el trabajo, porla reestructuración productiva y globalización, que han generado la precarización del trabajo, caracterizado por la desreglamentación y pérdida de los derechos laborales y sociales y la legalización del trabajo temporal. Tales agravios incluyen los Accidentes de Trabajo (AT). La principal finalidad de este estudio fue verificar, en archivos de pacientes accidentados en el trabajo, los registros efectuados por profesionales del área de la salud, con el intento de obtener el número de AT ocurrido y sus características. Se llevó a cabo en un Hospital Escuela de Ribeirão Preto-SP, solicitándose al Centro de Procesamiento de Datos del Estado de São Paulo (PRODESP) losnúmeros de registros de pacientes accidentados atendidos por el hospital en el período de dos años. Entre los 6.122 pacientes atendidos, se identificaron, a través de los apuntes en los archivos hospitalarios, 618 accidentados del trabajo. El 85,11% de ellos era hombre, el 22,17% tenía entre 31 y 40 años; el 24,27% era trabajador de la Construcción Civil y el 19,42% era trabajador rural. En cuanto a las características: el 25,24% atingió los miembros superiores y el 31,55% ocurrió por caídas. Son necesarios cambios en las Políticas de prevención y también la capacitación de los profesionales de salud para atención al trabajador, para que los registros sean efectuados con claridad.